O edifício do Largo dos Castelos, em Évora, continua sem sinais de recuperação, mesmo depois três anos do lançamento do concurso público que o iria reabilitar.
Este é um edifício que pertence à Polícia de Segurança Pública (PSP) e que, já em 2021, apresentava uma «severa degradação de toda a cobertura», o que poderia indicar «risco de colapso a curto/médio prazo», segundo as peças na época.
Tal facto levou, então, ao «abandono operacional do efetivo policial», de acordo com os mesmos documentos.
Volvidos três anos e a PSP celebrou 149 anos de existência no distrito. Efeméride de trouxe de novo o tema “à tona”.
O Comandante Distrital da força de segurança de Évora, Joaquim Simão, constatou aos jornalistas que «há mais de dez anos que tem havido a tentativa» de recuperar o edifício.
Contudo, «ainda não foi possível até agora e nós continuamos a chamar a atenção para isso», destacou.
«Devoluto há alguns anos», a requalificação poderia permitir «libertar outros que poderão servir para alojamentos, ou para casas de função»
«Podia ali ser instalado, por exemplo, a esquadra de trânsito, que neste momento está numa zona chamada de Tapada e, podíamos ter uma esquadra no Centro Histórico de Évora», exemplificou ainda o comandante.
Porém, Telmo Correia, secretário de estado da Administração Interna, não o deixou sem resposta, já que confirmou aos jornalistas que há dois projetos em andamento, no caso de Évora.
«Um dos projetos está aprovado e o outro, tanto quanto eu sei e que tem a ver com o próprio Comando Distrital, está em análise pela secretaria geral do Ministério e é um projeto que poderá avançar», destacou o secretário de estado.
De sublinhar que o segundo projeto está relacionado com o Palácio dos Condes do Soure, onde está instalado o Comando Distrital de Évora da PSP, requer «uma intervenção, sobretudo, ao nível da conservação da cobertura, caixilharias e pinturas exteriores e adaptações nos interiores».
A nível nacional, é certo, mas Telmo Correia reforçou que «temos pedido às forças de segurança que nos digam as prioridades» e que «não será possível ir a tudo ao mesmo tempo».
Para isso baseou-se na «taxa de execução» que têm sido «baixas nos últimos anos».
«Eu não gostaria de fazer o que eu vi fazer, noutra função no passado, que é haver sempre verba para tudo, mas depois não haver execução», destacou.
De recordar que o preço base do concurso, em 2021, era de 250 mil euros (+IVA) e previa um prazo de execução de 120 dias.