Segunda-feira, Maio 20, 2024

Vice-presidente da CCDR não esconde a «escravatura» no Alentejo

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Em conferência do Dia da Europa, Ana Paula Amendoeira, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, não escondeu que «há escravatura» no Alentejo.

«Passamos um Dia da Europa em que temos num painel ‘Democracia, Integração Europeia e Política de Coesão’, mas eu não ficava bem com a minha consciência sem manifestar uma coisa que é a minha preocupação e tristeza de estar numa região onde, neste momento, há escravatura», afirmou.

Destacou os níveis de «tratamento desumano de pessoas que vieram para cá trabalhar» e como «passamos por isso como se fosse algo subterrâneo» e ainda disse que «provavelmente não nos afeta porque somos pessoas privilegiadas».

Ana Paula Amendoeira não escondeu que «fala apenas como cidadã», mas também não esconde que «é uma derrota para todos, mas principalmente das políticas»

«Estamos nos 50 anos do 25 de Abril. Quando foi o 25 de Abril tínhamos pessoas a trabalhar de sol a sol e ganhar pouco ou nada. Entristece-me que hoje isso esteja a acontecer no Alentejo», realçou.

Em relação aos migrantes, disse que «são pessoas antes de tudo o resto», mas que «quando vemos uma espécie de relativismo que se preocupa mais com os animais do que com as pessoas, acho que também devemos meter um bocadinho a mão na consciência, no pensamento critico e na liberdade individual».

«Ninguém muda o mundo, mas nós podemos mudar o nosso mundo», destacou, acrescentando que «não podemos falar de ‘Política de Coesão’ e de ‘Democracia’ quando sabemos que o Alentejo tem sido fustigado com essa realidade». «Não podemos estar no século XXI, em 2024, com esta situação. Temos de lutar contra ela, mesmo sabendo que é complexo», concluiu.

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