Domingo, Outubro 1, 2023
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“Uma rede de transporte ferroviário forte, tem que servir as populações”, disse presidente do IPP

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O presidente do Politécnico de Portalegre, Luís Nunes, afirmou, esta quinta-feira, que “para termos uma rede de transporte ferroviário que seja forte, que seja coesa, ela tem que servir as populações”.

Luís Nunes falava durante a quarta edição do Energy and Climate Summit dedicada à Mobilidade e ao Transporte Ferroviário, que decorre em Évora âmbito do Projeto GUARDIÕES, promovido pelo Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), em parceria com o Fórum da Energia e Clima (FEC) e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA).

O presidente do Politécnico de Portalegre, em declarações a’ODigital.pt começou por falar do projeto Guardiões, referindo que “tem estado a correr muito bem, porque estamos a cumprir todos aqueles que eram os objetivos formais daquilo que foi apresentado. Mas mais do que o cumprimento dos objetivos formais do projeto, estas conferências tem um mérito muito significativo de reunir nos mesmos painéis, num mesmo ambiente, a sociedade civil, o poder político, mas também a academia, ou seja, a investigação, a ciência e juntar todos estes ingredientes no mesmo ambiente e poder discutir aqueles que são os problemas da sociedade, tendo em conta aquilo que é o grande impacto do projeto que é ao nível das alterações climáticas.

O responsável explicou que “uma das grandes mais valias deste projeto visa transformar o território Alentejano num laboratório vivo de análise, investigação e inovação no combate às alterações climáticas”, acrescentando que “o objetivo principal era criar guardiões, ou seja, despertar uma consciência cívica e social naquilo que é o comportamento de cada um de nós, porque este combate só pode ser vencido com a ação individual de cada um, de cada um dos cidadãos.

Nós temos mais de 50 medidas concretas que vão ser disponibilizadas e que são medidas concretas, quantificadas em termos de valor, de tempo, de custo e que permitem combater, por meio da região, combater aquilo que são os impactos de ações climáticas e algumas delas são tão simples como, por exemplo, a criação de florestas urbanas ou bacias de retenção que muito provavelmente tinham mitigado alguns dos impactos que nós tivemos agora com estas cheias recentes em algumas das nossas cidades”, frisou.

Questionado sobre a qualidade dos transportes ferroviários no Alentejo e até em especial no Alto Alentejo, Luís Nunes, referiu que “por decisão não sei bem de quem, mas possivelmente com alguma lógica e algum significado, construiu-se uma estação de caminho de ferro de Portalegre, que fica a 12 quilómetros da cidade e que obviamente traz com essa opção todos os constrangimentos que existem na utilização da mobilidade ferroviária para capital de distrito”, acrescentando que “e esta é uma das situações que gostaríamos de ver solucionada, pois nós para termos uma rede de transporte ferroviário que seja forte, que seja coesa, ela tem que servir as populações e se nós temos uma estação que está a 12 quilómetros da cidade, muito dificilmente conseguimos motivar as pessoas para utilizarem este meio de transporte e sabemos que ele é fundamental”.

A questão é que, se pensarmos em cidades como Portalegre ou muitas outras cidades e vilas do Alto Alentejo, do Baixo Alentejo ou do Alentejo Central, a solução ferroviária nem se quer existe e enquanto a oferta não for suficientemente boa para motivar o cidadão comum a fazer essa transição, ela dificilmente existe”, concluiu.

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