Em entrevista a’ODigital, José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, destacou que «precisamos muito de aumentar a internacionalização do destino».
«Só uma alteração substancial da representatividade e da procura externa pode pagar o investimento que estão neste momento a ser feitos na hotelaria e no alojamento», segundo o presidente, depois de revelar que o «rácio de dormidas de estrangeiros em 2023 foi de 32%».
«Ainda estamos a 3,1% dos anos ante da pandemia, ou seja, as dormidas dos turistas já representaram 34%», acrescentou ainda.
O presidente da ERT afirmou que não prevê a representatividade que outros destinos nos mercados nacionais e internacionais têm, como o «Algarve ou Lisboa», mas «temos de equilibrar a relação» e isso «implica investirmos mais nos mercados internacionais».
José Santos deu ainda o exemplo do mercado norte-americano, «que já é o segundo maior mercado externo da região», tendo ainda uma cota de «4,4% em termos de representatividade dos mercados».
Para além dos mercados europeus que «têm uma quota de 70%», surgindo outra questão: «Temos de investir mais nalguns mercados de proximidade».
«Há um desafio de recursos orçamentais, mas a nossa agência tem feito tudo aquilo que é possível com os recursos que dispõe», realçou o presidente, mas reforçou que «há claramente uma necessidade de dar mais músculo».
«Estamos muito dependentes do mercado português, o que também explica a nossa sazonalidade, mas o destino não pode estar tão dependente desse mercado», acrescentou.
Indicou ainda que este tema será mesmo o «grande desafio dos próximos anos» e que será mesmo essa a «trajetória a prosseguir nos próximos anos».
Pode ver aqui a entrevista completa com o Presidente da ERT Alentejo e Ribatejo.