Os trabalhadores não docentes das escolas de Portalegre vão estar em greve na quinta-feira para reivindicar um “reforço de pessoal”, situação que o município lamentou, atribuindo as falhas existentes ao elevado número de baixas médicas.
A greve, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA), decorre no dia em que os alunos regressam às aulas após um período de férias devido às festividades de Carnaval.
Em declarações à agência Lusa, Ana Nóvoa, do STFPSSRA, explicou que a greve vai envolver um universo de cerca de 50 trabalhadores.
O objetivo é denunciar “a degradação e a falta de condições em várias escolas”, servindo também para reivindicar a colocação de mais assistentes operacionais nos estabelecimentos de ensino.
“As turmas têm aumentado e o rácio dos trabalhadores não tem acompanhado esse aumento dos alunos”, lamentou.
A dirigente sindical defendeu ainda que devem ser efetuadas intervenções nos refeitórios das escolas, espaços que considera estarem “completamente arcaicos” nesta altura.
Segundo Ana Nóvoa, o sindicato já reuniu com a Câmara de Portalegre, que tutela a área da Educação no concelho, para encontrar uma solução para estes problemas.
Contudo, argumentou a sindicalista, “continua tudo na mesma” e “os trabalhadores estão esgotados”.
Contactada pela Lusa, a presidente da Câmara de Portalegre, Fermelinda Carvalho, explicou que, desde que o município assumiu as competências na área da Educação, tem “cumprido” os rácios referentes ao número de trabalhadores não docentes.
“O problema é que há muita gente de baixa [médica] e nós vamos tentando colmatar essas falhas com as disponibilidades que temos, mas que não são ilimitadas”, disse.
De acordo com o sindicato, no âmbito da greve, realiza-se, partir das 09:00, uma concentração junto à escola Mouzinho da Silveira, seguindo-se um desfile até ao edifício da câmara municipal.