O Lusitano de Évora recebeu este domingo o AVS SAD, numa partida a contar para a 4ª eliminatória da Taça de Portugal.
Depois de eliminar o Académico de Viseu e o Estoril, a equipa da casa conseguiu travar mais uma equipa da primeira divisão. A jogar de igual para igual, na prática, o resultado final terminou em 3×2.
A tal da festa da Taça
Logo de início se destaca o grande trunfo da equipa da casa para este encontro, os adeptos. Isto porque, a Vila das Aves é efetivamente muito longe do Alentejo e, diga-se de passagem. Seria mais que natural que os apaixonados fora das quatro linhas iriam marcar muito.
Grande apoio, dentro de tudo aquilo que é legal. Palmas, cânticos, o que se possa imaginar. Certamente, que o futebol direto praticado pelos lusitanistas também encantava, com Dida a ser muito solicitado, também ajudou na festa.
O que é certo é que foi mesmo assim que o estádio rebentou. Após um canto do AVS, batido pela esquerda, a defesa lusitanista conseguiu rebater e partir para contra-ataque. Miguel Lopes apanhou a bola na esquerda do seu ataque e fez o derradeiro passe para Dida que picou por cima do guardião adversário, ao minuto 19.
1×0 e ainda mais festa se fazia nas bancadas e dentro de campo jogava-se melhor futebol, a partir do tento. Muito positivo e bem menos vertical, mais pensado e menos apressado. Simbioses assim só podem dar certo. E deu, mais uma vez.
À passagem do minuto 33, o Lusitano bate um canto a partir da direita que chega ao coração da área, mas o guarda-redes Simão Bertelli, ao tentar sacudir a bola, acabou por também sacudir a cabeça de Tiago Palancha. Penalti marcado e convertido por Miguel Alves.
Não são os únicos a “olhar o céu”
Esta nova festa trouxe alguma calma ao jogo. Talvez demais. Até porque o velhinho Nenê conseguiu diminuir a vantagem aos 42’, de penalti. Uma espécie de “abre olhos” para a equipa da casa, após algumas perdas de bola à boca da área.
Previa-se uma segunda parte intensa e precisava-se de novas ideias para ambos os lados. Alguém tinha de “pôr água na fervura”.
Contudo, voltou-se aos relvados e a toada lusitanista passou a ser um bloco mais baixo, obrigando o AVS a subir. Talvez para conseguir algum contra-ataque, mas acabou por se ver mais equipa forasteira que equipa da casa.
Tática que pouco resultou com um AVS a ser muito pressionante, principalmente à entrada da área dos eborenses. Até deu para um cartão vermelho para Gustavo Assunção, por duplo amarelo aos 57’, mas a maré continuou a mesma.
Afinal de contas, só há um “lugar ao Sol”
Vida bem mais difícil para o AVS, que não baixou a guarda, reforçando o meio-campo enfraquecido pela expulsão, com a entrada de Lucca. Ainda assim, havia muitos minutos para correr.
Por falar em correr, que correria de Miguel Lopes para ganhar a bola já perto da bandeirola de canto. Lance que daria o 3×1, da autoria de Dida. Cruzamento do extremo para Davou que não conseguiu concretizar. Sobrou para o avançado que só teve de encostar, ao minuto 64.
É só não complicar
Só isso. Mais nada. Com uma mais um por 33 minutos e com uma vantagem já confortável. Era mesmo só não complicar. Tarefa essa que foi concluída com êxito.
A diferença de dois golos acabou por ajudar no controlo da posse bola. Certo que menor para o Lusitano, mas também é verdade que bem mais contundentes na parte final.
Houve ainda tempo para um golo de Zé Luís aos 90+4′. Deu para assustar um bocadinho os minutos seguintes, mas nada de mais. Problema resolvido sempre pela defesa da casa.
Seguiam-se os oitavos da Taça de Portugal. A única dúvida que resta é saber se é contra o Leixões ou o SC Braga, em casa de um destes emblemas.
Lusitano GC | AVS SAD |
3 | 2 |
Dida (19′ e 64′) Miguel Lopes (33′) | Nenê (42′) Zé Luís (90+4′) |