A Secretária de Estado da Cultura, Maria de Lurdes Craveiro, revelou que o Governo vai fazer um esforço para «identificar e apoiar as áreas mais frágeis» do património do Alentejo.
A Secretária de Estado da Cultura, Maria de Lurdes Craveiro, falava aos jornalistas após a inauguração dos novos núcleos expositivos dedicados à devoção e aos ex-votos do Santuário de Nossa Senhora d’Aires, em Viana do Alentejo.
Maria de Lurdes Craveiro salientou a confiança nas entidades envolvidas no projeto, afirmando que «tenho a certeza absoluta de que haverá frutos muito importantes para o território a partir deste núcleo tão significativo. Este monumento mobiliza multidões que vêm cada vez de mais longe, reconhecendo aqui um espaço de tranquilidade e de esperança no futuro».
A Secretária de Estado também destacou o projeto como um exemplo positivo de gestão de fundos públicos, afirmando que «é um bom exemplo do excelente uso dos dinheiros públicos. O Ministério da Cultura sente que vale a pena investir e confiar na capacidade de articulação entre as várias instâncias para desenvolver projetos que são cruciais não apenas para as pessoas, mas também para os territórios».
Sobre os desafios do património cultural em Portugal e em especial no Alentejo, Maria de Lurdes Craveiro reconheceu as dificuldades: «O património cultural português não está de excelente saúde. Existem muitos espaços que necessitam de intervenção urgente, e fazemos um esforço muito grande para cobrir o território, identificar os momentos mais frágeis e, na medida do possível, intervir».
A Secretária de Estado frisou ainda a importância de continuar a dar «condições de sobrevivência e de saúde» aos edifícios históricos, destacando que, apesar das limitações, o Ministério procura sempre apoiar os espaços que não estão sob a sua tutela direta.
O Santuário de Nossa Senhora d’Aires torna-se, assim, «um exemplo de revitalização patrimonial, demonstrando o impacto positivo de intervenções bem-sucedidas para a preservação cultural e o desenvolvimento das comunidades locais», como sublinhou Maria de Lurdes Craveiro.