Arrendar uma casa de dois quartos no Alentejo, em cidades como Évora, Beja e Portalegre, continua a ser mais caro do que a prestação mensal de um crédito à habitação para adquirir a mesma propriedade.
Segundo uma análise recente da idealista, a diferença entre o custo do arrendamento e o valor de uma prestação bancária é particularmente significativa em Évora e Portalegre, com aumentos de 75% e 78%, respetivamente. Em Beja, a discrepância atinge os 72%.
No caso específico de Évora, a renda mensal de um T2 é, em média, 22% mais elevada do que o valor de uma prestação bancária. Em Portalegre, a diferença é de 21%. Estes números refletem uma tendência que afeta várias cidades alentejanas, onde as rendas continuam a subir, dificultando o acesso à habitação.
Apesar de os custos de arrendamento serem elevados, a compra de casa também enfrenta obstáculos. A entrada inicial necessária para adquirir uma casa na região de Évora é de cerca de 28.380 euros, enquanto em Portalegre e Beja são necessários 12.847 e 9.647 euros, respetivamente. Este valor pode ser uma barreira significativa para muitas famílias que, embora conseguissem pagar a prestação de um crédito, não têm liquidez suficiente para cobrir a entrada.
O estudo destaca ainda que, em todo o país, a prestação mensal para a compra de uma casa é, em média, 21% mais baixa do que o valor da renda. Contudo, no Alentejo, essa diferença é ainda mais acentuada, com distritos como Portalegre e Évora a apresentar as maiores disparidades.