Quarta-feira, Setembro 11, 2024

Redondo: A “necessária” revisão do PDM pretende levar «novas soluções» ao concelho

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Foi publicada em Diário da República a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) do concelho de Redondo.

Uma revisão que se afigurava necessária ao concelho, segundo o presidente da Câmara Municipal, David Galego, em declarações a’ODigital: «O PDM carecia efetivamente de revisão».

Desta forma, poderá haver um «leque de novas soluções» e que este documento «é algo que mexe com tudo aquilo que nós possamos entender como gestão do território e também visão estratégica para o concelho».

 O autarca referiu que «temos de saber evoluir ao longo dos anos» e, assim, «temos de adaptar os instrumentos territoriais».

Investimentos

David Galego confessou que «estamos a ver o concelho com novos investimentos».

«Como os Núcleos de Desenvolvimento turístico, criar zonas específicas para o desenvolvimento de áreas turísticas, de empreendimentos e preparar as áreas de gestão e planeamento para que essas zonas sejam, de facto, zonas definidas para o desenvolvimento industrial ou desenvolvimento turístico, ou áreas exclusivamente agrícolas ou florestais. A própria a própria ordenamento da floresta na Serra de Ossa», enumerou.

Segundo o autarca, «tudo isto tem a ver com o desenvolvimento do concelho» e com o «criara soluções para que os investimentos possam ocorrer».

Para além disso, atirou que na área da agroindústria, «há adegas que já abriram». Já em Montoito, há um investimento «na área da charcutaria».

«Também os turismos que já aprovados ou em trabalho de revisão do Plano de Pormenor, como é o caso da Herdade da Palheta e do investimento na Herdade do Freixo e tantos outros que estão a surgir», acrescentou ainda.

«Era preciso urgentemente que este instrumento ficasse atualizado», atirou.

Vitivinicultura

Na área dos vinhos, o presidente realçou que há já 13 produtores, o que «é significativo para o concelho», mas disse que «há pelo menos um investimento ainda a decorrer, de uma nova adega».

Também em Montoito, o grupo vitivinícola Parras, realizou um investimento de «grande dimensão», sendo um dos mais recentes.

«É um território que é procurado para esta área da vitivinicultura pela qualidade dos solos e pelo reconhecido valor dos seus vinhos», destacou, dizendo ainda que estas «apostas» são já a pensar no ano de 2025 e com o título de “Cidade do Vinho”.

Ainda assim, esta é uma área «muitíssimo importante» para Redondo, com a «criação de muitos postos de trabalho, não só diretos como indiretos».

«São muitas pessoas que dependem diretamente também no seu orçamento familiar, da produção de uva e do trabalho no campo dos serviços associados a isso», realçou o autarca.

Contudo, o presidente do município alerta para a necessidade de uma «zona industrial de maior dimensão», que ainda não terá sido possível conseguir «neste quadro comunitário».

«Temos de encontrar outras soluções, porque já tivemos mais interesse de alguns investidores na área da vitivinicultura», revelou o edil redondense, adicionando que «já tivemos interessados na instalação de uma nova adega, mas não foi possível porque não tínhamos terreno disponível para ceder em área industrial».

Ordenamento do território

David Galego, neste tópico, deu o exemplo da Serra d’Ossa, que poderá agora ser alvo de um «reordenamento da área florestal», pois com as plantações de eucalipto cresceram de forma «desordenada».

«Com a revisão do PDM, permite fazer uma rearborização de raiz, retirar aquilo que está antigo, que está desordenado, que depois tem dificuldades para fazer a limpeza dos terrenos porque as plantas não estão alinhadas», acrescentou.

Com esta iniciativa, poderá ficar mais facilitada a «limpeza dos terrenos», assim como «garantir que é necessário menos área ocupada para permitir maiores produções, sendo que a área que não é ocupada pode levar vegetação autóctone».

Já nas áreas do olival e do amendoal, o autarca não se alongou, afirmando que aí «o PDM não restringe, nem permite» e que nestes casos, «é a classificação do solo que o faz e a capacidade de ter ou não o recurso hídrico para poder sustentar esses investimentos».

«Sabemos que o bloco de rega com um caudal significativo a Barragem da Vigia já está aprovado», revelou o edil, acrescentando que «será uma questão de tempo para que a Barragem da Vigia passe a ter capacidade para irrigar a uma área muito maior».

«Permitirá um tipo de Investimento agrícola que não seja apenas os investimentos mais tradicionais de sequeiro», concluiu.

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