Quinta-feira, Janeiro 23, 2025

Presidente da Associação Évora_2027 vai ser ouvida no parlamento

A presidente da Associação Évora_2027, Maria do Céu Ramos, vai ser ouvida no parlamento sobre a organização e planeamento da Capital Europeia da Cultura – Évora 2027, após aprovação de um requerimento do PSD.

De acordo com informação disponível no ‘site’ do parlamento, o requerimento foi aprovado “por unanimidade, com ausência da Iniciativa Liberal (IL), Bloco de Esquerda (BE) e Livre”, na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Na reunião de ontem da comissão foi também discutido e votado um requerimento do PCP, para ouvir “com caráter de urgência” a Equipa de Missão, responsável pela candidatura Évora 2027 e a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, sobre a Capital Europeia da Cultura – Évora 2027.

O requerimento, que previa ainda que se convidasse para uma audição sobre o mesmo tema o presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, foi chumbado, com votos contra do PSD, votos a favor do PCP e a abstenção do PS e do Chega.

A coordenadora da candidatura de Évora a CEC, Paula Mota Garcia, demitiu-se, em outubro, por considerar que “não estavam reunidas as condições” para continuar, e apontou atrasos na constituição da associação gestora da CEC, formalizada apenas em fevereiro de 2024.

Dias depois da demissão de Paula Mota Garcia, tomou posse a direção da associação gestora de Évora_27, tendo sido escolhida a jurista Maria do Céu Ramos para a presidir.

Esta mudança levantou preocupações junto dos responsáveis de outras sete CEC – atuais e futuras -, que escreveram uma carta à Comissão Europeia, noticiada no domingo passado no jornal Público, também numa altura em que está em curso uma revisão do atual modelo CEC que termina em 2033.

A presidente da associação gestora da Capital Europeia da Cultura (CEC) Évora_27, Maria do Céu Ramos, repudiou ontem o que descreveu como atos que “prejudicam gravemente o projeto”, reafirmando a “legalidade e legitimidade” do mandato dos novos dirigentes.

“Quaisquer posições, atos e iniciativas de entidades ou pessoas alheias a Évora 2027 que ponham em causa a atribuição do título de CEC e do Prémio Melina Mercury, no montante de 1,5 milhões de euros, a esta iniciativa, prejudicam gravemente o projeto, pelo que merecem o mais vivo repúdio”, afirmou a responsável, numa conferência de imprensa em Évora.

Maria do Céu Ramos frisou que a direção da Associação Évora 2027 “foi constituída com total transparência”, sublinhando que a escolha do seu nome para presidente foi feita “conjuntamente pelo Governo português, município de Évora e assembleia geral”.

“A legalidade e a legitimidade do mandato [da direção] são inquestionáveis” e o modelo de governação da associação “está em conformidade com a lei e os estatutos aprovados”, afirmou.

Na agenda para hoje da comissão parlamentar de Cultura estava também a discussão e votação de um requerimento do BE a pedir uma audição “com caráter de urgência” da ministra da Cultura sobre “a situação atual do projeto Évora 2027, Capital Europeia da Cultura”. No entanto, o requerimento não foi discutido nem votado devido à ausência do BE, segundo fonte da comissão.

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