
Depois de há umas semanas investigadores da Universidade de Évora (UÉ) terem afirmado que “o progressivo aumento da agricultura intensiva no Alentejo tem vindo a pôr em causa a sustentabilidade e equidade no acesso à água, recurso precioso numa região em que é tão escassa”, a EDIA apresenta agora um relatório que aponta no sentido contrário.
A EDIA – Empresa De Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva começa por referir que “o olival é a cultura mais importante de Alqueva, constituindo de certa forma, o símbolo da nova agricultura de regadio da Região”, acrescentando que “em resultado disto, a olivicultura portuguesa aumentou drasticamente a sua produtividade, o que já possibilitou um superavit de exportações.”
Explica a empresa gestora de Alqueva que “para caracterizar tecnicamente este setor procurou-se produzir um estudo para perceber quais os verdadeiros impactes desta cultura, nas vertentes económica, social e ambiental e ainda identificar as condições para promover a sua sustentabilidade.
A EDIA coordenou este trabalho que contou com a colaboração de vários organismos do Ministério da Agricultura – a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo (DRAPALE), o Instituto Nacional de Investigação Agrícola e Veterinária (INIAV) e a Direção Geral de Agricultura e Veterinária (DGAV).
O trabalho agora apresentado aponta que “o olival moderno de regadio pode ser desenvolvido de uma forma sustentável e ecologicamente positiva, dependendo das práticas culturais utilizadas.”
Este relatório salienta ainda que “boas práticas como a preservação e o fomento de bolsas de biodiversidade no meio da cultura (galerias ripícolas, bosquetes, quercíneas isoladas, charcos temporários, sebes vivas e entrelinhas multifuncionais) ou a preferência pelo controlo biológico das pragas têm assim um papel decisivo.”
Consulte o Estudo «Olival em Alqueva – Caracterização e Perspetivas» AQUI