
Conforme noticiamos, os Municípios de Moura, Barrancos, Mértola e Serpa, solicitaram recentemente uma audiência, com carácter de urgência, ao Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, para demonstrarem a sua preocupação com a retirada do meio aéreo de ataque inicial do Centro de Meios Aéreos de Moura (CMA).
Esta audiência já ocorreu, a meio desta semana, com a Secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, estiveram presentes os autarcas de Moura e Barrancos.
Os autarcas deixam claro que “a presença do meio aéreo no CMA de Moura não é um capricho dos autarcas, mas sim um instrumento da maior utilidade no ataque inicial a incêndios, e que faz toda a diferença.”
Da parte do Governo, nomeadamente da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, esta retirada deveu-se à “necessidade de repensar os meios aéreos a colocar no território nacional, e que o número de ocorrências dos últimos dois anos não justifica a presença de meios ligeiros no CMA de Moura ( helicóptero com capacidade de carga de 700 litros de água por balde)”.
A Autoridade transmitiu ainda aos autarcas que “a redução destes meios permitiu disponibilizar mais parelhas de bombardeiros médios (capacidade de 6000 litros de água por parelha), ficando o nosso território abrangido pelas parelhas de Beja e Ponte de Sor.”
Foi ainda dito aos autarcas que “os meios aéreos de Beja (Fireboss – bombardeiros médios) e Ponte de Sor, seriam mobilizados para o ataque inicial a incêndios no território dos nossos municípios.”
Os Autarcas afirmam que “não regressámos satisfeitos”, tendo ficado já em agenda uma reunião a realizar em Outubro com a Câmara Municipal de Moura, os responsáveis do CDOS de Beja e ANEPC, “não só para fazer a análise da época critica que o verão nos oferece sempre, mas também para refletirmos sobre o futuro da presença dos meios da ANEPC no concelho”, informaram ainda os autarcas.