A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) instalou-se em Mora, a partir de hoje, algo já há muito desejado no concelho.
Segundo Paula Chuço, presidente do município, em declarações aos jornalistas, com esta nova comissão «Mora ganha muito, principalmente as nossas crianças e os nossos jovens».
Pretende-se assim uma resposta «mais digna e mais justa» para os mais novos, assim como acompanhamento para as famílias: «Ao ajudar os nossos jovens, ajudamos também as nossas famílias».
A autarca sublinhou que, mesmo sendo um «concelho pequeno», este instalar da comissão já se assumia como uma «necessidade» e como um «sonho» que agora se torna «realidade».
«Vamos conseguir dar a resposta que queríamos dar e é para isso que temos de trabalhar. Já temos muitos problemas e temos de olhar para eles de frente», frisou a presidente.
Desta forma, «nada melhor do que uma instalação da CPCJ» para fazer lhes fazer face, segundo Paula Chuço.
Confessou que «há já jovens sinalizados» e que a técnica da escola «já tinha alguma dificuldade e alguma necessidade de ter um apoio».
Assim, «em conjunto com algumas entidades», fundou-se a comissão no concelho, que teve no início dificuldades.
«De início foi difícil juntar as entidades, porque, como é um trabalho também de muita responsabilidade e de muita dedicação, há alguns comissários que tivemos alguma dificuldade», afirmou a autarca.
A edil vincou que para a criação da comissão foram procurados «aqueles que se adaptavam mais a esta situação», já que «têm de ter um certo perfil» para trabalhar «com crianças e situações complicadas».
«Nem todas as pessoas têm perfil para estar à frente da CPCJ, ou para fazer parte destes comissários. Houve uma procura, principalmente nas escolas, com alguns professores que já trabalham há vários anos com crianças com algumas dificuldades», referiu ainda.
Já Ana Isabel Valente, presidente a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ), também aos jornalistas, destacou o trabalho realizado pela instituição que preside e como poderá ajudar o concelho.
«As CPCJ refletem o envolvimento e o compromisso das comunidades na promoção dos direitos e na proteção das crianças e dos jovens. É muito importante este trabalho de proximidade e Mora já merecia e precisava de uma CPCJ», atirou.
Com esta instalação, «as crianças podem estar mais descansadas» e «têm agora a certeza de que toda uma comunidade está a olhar para elas, para os seus direitos e para as proteger».
A presidente da CNPDPCJ vincou também que Arraiolos e Montemo-o-Novo são os únicos dois municipios portugueses que não têm uma comissão, mas que o segundo «já vai ter para o ano».
De seguida, fique com a foto-reportagem de Hugo Calado.