A Central Fotovoltaica de Santas, localizada no limite do concelho de Monforte com Estremoz e Borba, foi inaugurada esta quinta-feira.
Uma central que tem uma capacidade de 181MWp, sendo uma das maiores em Portugal, e também com capacidade para fornecer de eletricidade mais de 100 mil habitações.
É constituída por mais de336 mil módulos fotovoltaicos de baixo carbono em localizadores e permite evitar mais de 70.000 toneladas métricas de emissões de CO2 por ano.
Um dado enfatizado por Gonçalo Lagem, presidente da Câmara Municipal de Monforte, no seu discurso: «Vamos produzir energia elétrica completamente limpa, sustentável ambientalmente e vamos contribuir também para a descarbonização».
«Não considero que estejamos só a ajudar Portugal a atingir a meta a que se propôs em 2030, de ter 85% da energia consumida a ser proveniente de fontes renováveis. Estamos também a dar um passo gigantesco naquilo que é a sustentabilidade ambiental e inverter aquele panorama, que nos meus tempos de escola ouvia se falar, que era o buraco do ozono», reforçou o autarca.
Referiu ainda que «temos de compatibilizar» os «interesses comuns» das alterações climáticas, com a «franca e vincada identidade alentejana», mesmo que as pessoas «sejam resistentes à mudança».
«Quem não for sensível a essas questões, não pode ser político neste país», acrescentou, dizendo ainda que «vamos dar as mãos, porque é mais aquilo que nos une, do que o que nos separa».
Segundo a empresa AkuoCoop, que construiu este projeto, a central consegue poupar «o equivalente às emissões de 27.100 viagens à volta do mundo num automóvel de combustão interna».
«Segundo uma análise exaustiva do ciclo de vida efetuada pela Akuo, a central de Santas emite 27gCO2e/kWh, um valor substancialmente inferior à média das centrais elétricas», acrescenta ainda a entidade.
Para o presidente e cofundador da Akuo, Eric Scotto, esta central «combina todos os critérios qualitativos de um projeto regional de 360°», sendo eles «eletricidade renovável, ciclo de vida exemplar, maximização do território, financiamento de cidadãos e projetos inclusivos que beneficiam os habitantes locais».
Em relação à empresa, o presidente refere que se «orgulha de ser apoiada por parceiros importantes em projetos tão ambiciosos como este em Portugal, onde a abordagem à inovação energética e social está muito alinhada com a nossa»
Por sua vez, também presente na inauguração esteve António Anselmo, presidente do município de Borba, que afirmou que em Portugal há que aproveitar «o sol e vento».
«Temos de perceber que temos de aproveitar o que temos e agora as pessoas de Monforte, Borba e Estremoz vão pagar menos eletricidade», destacou ainda.
Esta central é um projeto que se iniciou em 2021 e contou com um investimento de 120 milhões de euros que foi desenvolvido em 350 hectares, na Herdade das Santas, em Santo Aleixo (Monforte).
Fique agora com a foto-reportagem da inauguração, da autoria de Hugo Calado.