Maria do Céu Antunes, ministra da agricultura, revelou, no encerramento do 11º coloquio nacional do milho, que pediu recentemente à Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) uma avaliação das condições edafoclimáticas dos territórios para reforçar o programa de regadios “baseado na melhoria da eficiência destes recursos, extensão dos regadios existentes ou construção de novos sempre que as condições o permitam”.
A governante lembrou que, em janeiro, foram homologados mais quatro projetos de regadio, no valor de 50 milhões de euros beneficiando cerca de 13 mil hectares em Mortágua, Castelo Branco, Alfandega da Fé e Monsaraz. Adiantou ainda que o executivo está a equacionar a abertura de um aviso, no âmbito do próximo ciclo de investimentos.
Durante a sua intervenção, a ministra voltou a reconhecer o trabalho de todos os que constituem no setor agroalimentar, nomeadamente durante a pandemia de Covid-19.
Já relativamente à presidência do Conselho da União Europeia, a governante notou que Portugal tomou posse numa das alturas mais desafiantes, com uma crise que veio reforçar que o entendimento e a solidariedade são determinantes. Neste sentido reiterou ainda que é um objetivo concluir as negociações relativas à Política Agrícola Comum (PAC).
Ainda no coloquio, o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis), José Luís Alves Lopes, vincou se o momento de “planear a capacidade de armazenamento da agua”, um recurso que defendeu estar a ser “inexplicavelmente desperdiçado”. Por sua vez, o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, apelou ao Estado empenho “em encontrar soluções para os agricultores”.