Sábado, Dezembro 7, 2024

Marvão ainda sem ponto de venda de jornais e revistas

A Câmara de Marvão, no distrito de Portalegre, está a desenvolver contactos com comerciantes para que sejam instalados pontos de venda de jornais e revistas, disse hoje fonte do município à agência Lusa.

De acordo com o vice-presidente da Câmara de Marvão, Luís Costa, a autarquia já reuniu com o Governo em relação a esta matéria e está a “diligenciar” contactos para que a situação seja resolvida.

“Nós já reunimos (com o Governo) e estamos a diligenciar contactos no sentido de proporcionar às pessoas que tenham os jornais disponíveis em Marvão”, disse.

O autarca falava na sequência de declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, que anunciou no dia 30 de outubro que a partir de novembro os quatro concelhos que não tinham pontos de venda de jornais e revistas – Vimioso, Freixo de Espada à Cinta, Marvão e Alcoutim – iam passar a ter.

“Estamos a intervir também em matérias de distribuição”, afirmou o ministro Pedro Duarte na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito dos requerimentos do Bloco de Esquerda (BE), PCP, PS, Chega e Livre sobre o Plano de Ação para a Comunicação Social anunciado pelo Governo.

O vice-presidente da Câmara de Marvão, que não precisou a data em que Marvão deixou de ter um posto de venda de jornais, explicou que na origem desta “lacuna” poderá estar o facto de as notícias estarem disponíveis na Internet e também “pelos custos” de transporte.

“Não se compra (jornais e revistas) por via das notícias estarem disponíveis no digital e, se calhar, pelos custos que advêm de ter estes jornais disponíveis cá e não ser rentável o negócio”, acrescentou.

Na comissão parlamentar de Cultura que decorreu no dia 30 de outubro, Pedro Duarte alertou para “uma perigosíssima tendência” de poder haver “muitos portugueses” que não podem aceder a publicações periódicas porque elas não chegam lá”, recordando que existem atualmente quatro concelhos sem um único ponto de venda.

“Estava há quatro anos assim e foi-nos dito pela distribuidora que provavelmente daqui a uns meses seriam 15 ou 20 concelhos desta natureza”, prosseguiu.

“E foi ontem [terça-feira], aliás, que assinámos o último protocolo do último dos quatro concelhos”, pelo que, “a partir do próximo mês de novembro, vamos voltar a ter pontos de venda nestes locais”, concluiu.

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