Sábado, Janeiro 18, 2025

“Mais uma vez de uma forma magnífica com estes homens que mantêm a tradição”, cantou-se aos Reis, em Monsaraz (c/som e fotos)

O Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz cantou aos Reis, no passado sábado 5 de Janeiro, na vila medieval de Monsaraz. Uma iniciativa organizada pelo Município de Reguengos de Monsaraz e que encerrou o certame “Monsaraz: Do Natal aos Reis”. Ao final da tarde, de sábado, recriou-se a tradição alentejana pelas ruas medievais de Monsaraz, entoando-se cânticos de cariz religioso alusivos ao nascimento do Menino Jesus, terminando a iniciativa junto ao presépio.

ODigital.pt esteve presente e falou com Serafim Silva, do Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz, que nos disse que “vamos mais um ano cumprir esta tradição que já praticamos há uma série de anos a esta parte e este ano vai acontecer mais uma vez”.

Serafim Silva explicou ainda que “o Cante nesta altura era sempre assim, o cante de peditório, de Janeiras e de Reis”, acrescentando que “o Cante de peditório, que actualmente se pratica desta forma, antigamente não era assim. Era em vários grupos, ia-se junto de cada casa, junto de cada monte, no fim juntávamos-nos todos, juntávamos o que cada um nos dava e fazíamos a divisão para levar para casa para dar aos filhos.”

Marcou presença, também, o Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, José Calixto que nos disse que “mais uma vez de uma forma magnífica com estes homens que mantêm a tradição, que como aqui muito bem foi descrita, tinha a ver com os aspectos sociais, da falta de comida em muitas dessas casas na altura, há muitas décadas atrás, de um tempo em que o Estado Novo oprimia as pessoas e criavam-lhes muitas dificuldades.”

O Autarca acrescentou ainda que “actualmente isto está transformado, a vila de Monsaraz é uma vila que recebe 100 mil pessoas por ano, como sabemos, e estas tradições são aquilo que acho que deve manter-se para que a visita seja experienciada por quem vem de fora. Com experiências genuínas, com aquilo que está na origem destas muralhas ancestrais que estão aqui à volta e tudo o que se lhes seguiu em termos sociológicos e em termos de comunidade.”

Apesar das temperaturas muito baixas, José Calixto salientou que “as pessoas estão por cá, vão à restauração, vão jantar, vão ficar aqui alojadas”, dando ainda a conhecer que foi confrontado com “um italiano de Bolonha que estava completamente estupefacto com a envolvência. Porque mais do que o Cante em si, que é Património da Humanidade, é toda a envolvente em que ele é executado e cantado e que arrepia quem não conhece e que faz da experiência de viver em Monsaraz nestes momentos, uma experiência inesquecível.”

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