À luz do anúncio da ampliação e requalificação do Hospital de Beja, Paulo Arsénio, presidente do município, atirou que esta é a «grande oportunidade» para o Baixo Alentejo e que «não a podemos perder».
Em declarações a’ODigital, o autarca destacou que «este é talvez o investimento mais importante que nós precisamos» e que «é um grande projeto para a região, não só em termos de edifícios, mas também em termos especialidades, clínicas e médicas».
Já há muito aguardado pela população, o presidente sublinhou que «pela primeira vez, temos as condições de poder avançar com um projeto bem construído para termos a ampliação do atual hospital», acrescentando que «depois da ampliação, também a remodelação do atual edifício e do atual hospital.
Realçou ainda que já havia «alguns estudos soltos e isolados», mas só na pandemia se sobressaíram «aquelas que são as necessidades efetivas do Sistema Nacional de Saúde».
«Pode criar aqui um hospital complementar muito importante para o distrito, moderno, funcional, apelativo para os profissionais e que responde às necessidades clínicas da população, entre Faro e Évora, onde estão dois hospitais centrais», destacou.
Estão assim previstas «algumas especialidades nas consultas externas a partir deste novo edifício», assim como o crescimento de várias salas, «de desde logo pela urgência geral que praticamente quadruplica face ao espaço que tem no edifício atual»
Ainda assim, Paulo Arsénio “põe água na fervura”, dizendo que «agora precisamos que nos deem um sinal», por parte do Governo, porque «a saúde em termos de hospitais, depende do Ministério da Saúde».
«É importante que a tutela, dentro de algum tempo, tome uma decisão sobre se vai financiar estes projetos com verbas do PRR, ou se está disponível para avançar com dinheiro do Orçamento Geral do Estado.», acrescentou.
Para o autarca, a expectativa é clara, já que espera que o «Governo agarre neste esboço e possa, a partir daqui, desenvolver um projeto de execução que depois é a parte essencial para se poder lançar o concurso público de empreitada».
«Sem projetos, naturalmente não pode haver concurso. Essa é a primeira fase e é uma fase absolutamente decisiva, sem a qual nenhuma das outras pode vir a acontecer», complementou o presidente.
Para Beja, são «boas notícias, sendo o «projeto mais importante para a região na próxima década»: «Disso tenho poucas dúvidas».