Música, cortejos, exposições e conferências são alguns dos destaques da 8.ª edição do Festival Beja Romana, que arranca na sexta-feira, levando a cidade alentejana a “viajar no tempo” até à época em que era designada por ‘Pax Julia’.
O evento é organizado pela Câmara de Beja, em parceria com diversas entidades, e prolonga-se até domingo, para “promover a relação da comunidade com o seu passado”, explicou a autarquia em comunicado enviado hoje à agência Lusa.
“Aproximar a comunidade aos valores da cultura local”, “promover a educação para o património” e “dinamizar o centro histórico e a economia local da cidade” são outras das metas do festival, que tem como tema “Pax Romana: Guerra, Paz e Domínio do Território”.
Segundo o município, ao longo de três dias, o evento vai contar com música, cortejos, rábulas e performances, malabaristas, danças, acepipes, oficinas de cozinha, exposições, conferências ou visitas guiadas a museus e sítios arqueológicos.
“Algumas personagens da antiga Pax Julia, que a investigação histórica e arqueológica trouxe ao nosso conhecimento”, integram igualmente o programa do festival, anunciou a Câmara de Beja.
O evento arranca na sexta-feira, estando previsto para as 10:30 o “cortejo de receção ao cônsul romano pelos patrícios e plebeus da Hispânia Terraconensis”, que vai passar por diversas ruas do centro histórico de Beja.
As recriações históricas vão ser uma constante ao longo dos três dias do festival, que contará com desfiles e demonstrações de treino de legionários, cortejos, lutas de gladiadores, um mercado romano e outro de escravos, récitas de poesia ou a celebração do casamento de Quinto Petíicio Rufo com Domitilia.
O programa do festival inclui ainda danças romanas, orientais e em veneração aos deuses, jogos tradicionais, espetáculos de teatro, de dança e de malabarismo e acrobacias, arruadas, batismos a cavalo e um concurso de fotografia, entre outras iniciativas.
Para sábado estão previstas as conferências ‘Beja, Capital de Conventus e Centro Económico’, com Rodrigo Banha da Silva, às 17:00, e ‘O mosaico romano no Conventus Pacensis’, por Maria de Jesus Kramer, às 18:00, ambas no Núcleo Museológico da Rua do Sembrano.
Neste local está igualmente patente a exposição “Um olhar para a morte em época romana”, que tem por base o espólio recolhido na villa romana de Pisões, localizada no concelho de Beja.
O Festival Beja Romana conta ainda com a mostra “Conventus Pacensis: Colónia Pax Julia, a capital do Sul e os testemunhos de romanização do território”, na Praça da República, e uma exposição de fotografia alusiva à edição anterior, nas paragens de autocarro da cidade.