Sábado, Abril 20, 2024

Fecho da Central de Sines “traduz-se na redução imediata mais significativa de emissões de gases”, diz a ZERO

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Conforme noticiámos, no passado sai 14 de janeiro, a EDP encerrou a central termoelétrica de Sines, um ato que ocorreu 3.273 dias antes do previsto no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 (que apontava para o final da década).

De acordo com a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável este fecho “traduz-se na redução imediata mais significativa de emissões de gases com efeito de estufa até agora em Portugal.”

A Central de Sines que produzia eletricidade recorrendo à queima de carvão através de quatro grupos geradores, com uma potência elétrica instalada total de 1.256 MW, “era fonte significativa de emissão de diversos poluentes, como os óxidos de azoto, dióxido de enxofre, partículas e metais pesados, cujas quantidades lançadas para a atmosfera em Portugal também sofrerão uma redução importante”, refere a ZERO.

Já em julho de 2019, aquando da renovação da licença ambiental da central, a ZERO apelou e justificou a possibilidade de um encerramento em 2023, o que viria a ser aceite pelo atual governo aquando da sua tomada de posse. O encerramento anunciado pela EDP, primeiro para fevereiro de 2021 e depois para 15 de janeiro de 2021, foi, para a ZERO, “uma consequência direta dos preços de mercado do carvão, dos custos associados às emissões, e da competitividade e disponibilidade de outras alternativas, em particular da eletricidade de fontes renováveis, mas também das centrais a gás natural que apresentam uma maior eficiência e menores emissões comparativamente às centrais a carvão.”

Para a Zero, “o encerramento da Central de Sines não tem impactos significativos na segurança do abastecimento. É, porém, importante realizar os dois investimentos propostos pela Redes Energéticas Nacionais (REN), nomeadamente na construção de linhas de transporte da região Sul, os quais já se encontram previstos no Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Transporte.”

Já no que diz respeito a uma transição energética justa, a ZERO considera que “é fundamental um plano de promoção de atividades económicas ligadas à urgente transição energética, que possa fortalecer a vitalidade económica e social das regiões afetadas.” No que respeita ao número de trabalhadores diretos e indiretos afetados pelo encerramento das centrais a carvão (Sines e Pego), ele deve atingir quase sete centenas, incluindo as operações no porto de carvão de Sines. Contudo, “só na indústria solar-fotovoltaica prevê-se a criação de pelo menos 20 mil postos de trabalho nos próximos dez anos no país, constituindo-se assim numa oportunidade de formação e reconversão profissional dos trabalhadores em causa, no setor das energias renováveis mas também da eficiência energética”, refere a ZERO.

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