Terça-feira, Março 28, 2023
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Évora: Região “terá de beneficiar de discriminação positiva no que se refere a investimento público”

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A presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), Ana Paula Vitorino, afirmou esta semana em Évora que “a implementação de soluções nesta região terá de beneficiar de discriminação positiva no que se refere a investimento público“, referindo-se assim a novos investimentos ferroviários.

Ana Paula Vitorino falava durante a quarta edição do Energy and Climate Summit dedicada à Mobilidade e ao Transporte Ferroviário, que decorreu em Évora âmbito do Projeto GUARDIÕES, promovido pelo Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), em parceria com o Fórum da Energia e Clima (FEC) e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA).

Para a presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), “a definição de políticas e estratégias públicas e empresariais para o transporte ferroviário não pode ser dissociada dos desafios colocados pelas transições digital, ambiental e energética, a nível internacional, europeu e nacional.

Ana Paula Vitorino frisou que “o transporte ferroviário é o modo de transporte mais sustentável, quer pela elevada capacidade de transporte de pessoas e bens, quer pela energia e material circulante utilizados.

O crescimento do transporte ferroviário, na perspetiva da multimodalidade, deve ser pensado de forma integrada com a atividade dos portos, pelo potencial que apresenta para o desenvolvimento económico do país e das regiões onde estes se inserem”, referiu a responsável.

A presidente da AMT disse que “o investimento público e privado no transporte ferroviário de passageiros deve assumir-se como a prioridade e alternativa para as curtas e médias distâncias (definidas a nível europeu até 500km), face ao transporte aéreo, mas também face ao transporte rodoviário (coletivo e privado), nos segmentos de mercado em que o transporte ferroviário apresenta vantagens em função da procura potencial.

A responsável deixou claro que “é fundamental o reforço da oferta dos sistemas de transporte público, a expansão da rede de ferrovia e a respetiva integração multimodal. Todas estas alterações deverão integrar um ecossistema de transportes diversificado e descarbonizado, onde a complementaridade e articulação modal, a par de uma ainda maior digitalização, permitirão ganhos de eficiência progressivamente maiores”.

Já sobre o Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo, Ana Paula Vitorino explicou que “tem por objetivo afirmar o Alentejo como um território sustentável e de forte identidade regional, sustentada por um sistema urbano policêntrico, garantindo adequados níveis de coesão territorial e integração reforçada com outros espaços nacionais e internacionais, valorizando o seu posicionamento geoestratégico.

Destacou que “uma das suas opções estratégicas é a integração territorial e abertura ao exterior, potenciando o posicionamento geográfico no contexto nacional e ibérico através do reforço da competitividade que promova a internacionalização da região, em articulação com as redes de transportes e sistema regional de logística empresarial.”

Para Ana Paula Vitorino é necessária a “aposta no Porto de Sines, a ligação ferroviária Sines-Espanha, a contratualização de serviços de transporte público de passageiros, por via concursal, bem como o desenvolvimento de serviços público de transporte flexível de passageiros, adaptados a zonas de baixa densidade”.

A responsável revelou que “nos diagnósticos dos Planos de Mobilidade Sustentável das diversas CIM e cidades da região, muito ainda há por fazer, sejam quanto ao desenvolvimento de infraestruturas – sobretudo ferroviárias – seja quanto a ações concretas de adaptação climática, sobretudo numa região especialmente vulnerável em termos ambientais e sociais”, acrescentando que “a implementação de soluções nesta região terá de beneficiar de discriminação positiva no que se refere a investimento público, não esquecendo a indispensável participação e mobilização do investimento privado.

“A ferrovia tem um papel fundamental a desempenhar nos desafios de alcançar uma mobilidade com impacto neutro no clima e de assegurar um sistema de transportes resiliente e interligado”, concluiu Ana Paula Vitorino.

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