O Tribunal Judicial de Estremoz (Évora) decretou a prisão preventiva de um dos 17 detidos a semana passada pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas da prática de cibercrimes, disse hoje fonte da PJ.
A mesma fonte indicou à agência Lusa que um homem ficou em prisão preventiva, a medida de coação mais grave.
Os outros suspeitos, 10 homens e seis mulheres, ficaram sujeitos a apresentações na força de segurança da área de residência, de acordo com a fonte da Polícia Judiciária.
As 17 pessoas detidas na quarta-feira, na sequência da operação “Bad Way”, nomeadamente por fraudes através do sistema de pagamento MBWay, foram presentes ao Tribunal de Estremoz, na quinta e na sexta-feira, para primeiro interrogatório judicial.
A Polícia Judiciária indicou em comunicado, na quarta-feira, que deteve nesse dia, 17 pessoas por suspeitas de terem cometido centenas de burlas informáticas agravadas, falsidade informática e acesso ilegítimo, numa operação de combate ao cibercrime realizada na zona de Estremoz, no distrito de Évora, e em outras localidades do país.
Fonte da PJ adiantou à Lusa que no âmbito da operação ocorreram buscas domiciliárias e detenções, em Estremoz, Évora, Elvas, Benavente e Vialonga.
Segundo a mesma fonte, foram apreendidos no decurso da operação, equipamentos eletrónicos, documentos vários úteis à investigação, ouro e uma arma de fogo.
No comunicado, a PJ adiantou que a investigação se iniciou há alguns meses, tendo por base vários casos de fraude cometidos de forma organizada, com recurso à aplicação MBWay.
A estratégia investigatória, revelou a PJ, visou a localização e agrupamento das várias participações que se encontravam dispersas por várias comarcas do país, que demonstrassem “a atividade delituosa reiterada e organizada” de forma a identificar/localizar os detidos.
O inquérito deste processo é tutelado pelo Ministério Público de Estremoz e a operação contou com o apoio da GNR e da PSP.