Sexta-feira, Abril 19, 2024

Estremoz: Chumbo do orçamento em Reunião de Câmara é “puro tacticismo político”, afirmou autarca

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Como já noticiámos, quatro vereadores da Câmara Municipal de Estremoz chumbaram, esta quarta-feira, a possibilidade do Orçamento Municipal seguir para a Assembleia Municipal para votação.

Em declarações a’ODigital.pt, o presidente da Câmara Municipal de Estremoz, José Daniel Sádio reagiu a este chumbo com “total estupefação face à decisão tomada hoje”, porque “este não era um orçamento qualquer”.

Para José Sádio, “este chumbo, por parte da oposição, só tem a ideia de não podermos trabalhar e de termos de parar agora, porque estávamos com muita embalagem e convém [para a oposição] parar-nos já agora”.

Em relação ao PSD, é minimamente surreal, e penso que isso tem muito a ver com alguma lógica nacional, pois a senhora vereadora, que também é deputada da Nação, estará muito preocupada num combate acérrimo, muitas vezes aqui e acolá violento, ao PS nacional e se calhar quer aqui replicar algum desse combate”, salientou José Sádio.

Ainda sobre o PSD, o autarca referiu que “foi a única força política que procurou contribuir para o orçamento municipal e todas as medidas que foram propostas, foram incorporadas no Orçamento, pelo que, não compreendo o voto contra”.

O edil explicou que este orçamento tinha “um forte apoio à componente social, num ano dramático, que assegura o apoio às famílias, o apoio que àqueles que mais dificuldades têm, um orçamento que tem um investimento previsto de 4 milhões de euros, parte deles para assegurar investimentos em curso de forma responsável e outra parte tem de ver com novos investimentos para planos e projetos de forma a aproveitarmos o quadro 2030, entre outras componentes importantes”.

O orçamento que agora foi chumbado, “tinha preocupações sociais, incentivos à fixação de jovens e empresas e também uma grande aposta na competitividade e na coesão social e territorial”.

Já sobre o MiETZ frisou que “é um bocadinho mais do mesmo e deve ser a preocupação pela embalagem que temos tido neste último ano, apesar das dificuldades”, afirmando que “isto é puro tacticismo político e não tem nada de racional”.

José Daniel Sádio questiona ainda “como é que chumbam um orçamento aqueles que deixaram Estremoz desordenado, com problemas graves de ordenamento, com problemas gravíssimos de água e saneamento básico, com dividas por cobrar, com uma frota miserável e pessoas sem condições de trabalho, como podem eles chumbar o orçamento?

Questionado o que estará em causa com este chumbo do orçamento, José Daniel Sádio deixou claro que “neste momento nós não temos margem para quase nada, porque se eu vou governar com duodécimos como é que eu coloco lá novos investimentos e também fica em causa o funcionamento, porque nós temos muitas questões cabimentadas, muitas provisões que são assim colocadas em causa”.

Já sobre possíveis negociações com a oposição a fim de ser apresentado outro orçamento, José Daniel Sádio, disse-nos que “neste momento é extemporâneo fazer qualquer tipo de especulação sobre o futuro, mas na próxima semana iremos perspetivar o que vai acontecer”.

De qualquer forma cada um terá que assumir as suas responsabilidades, perante aquilo que está a acontecer”, concluiu o presidente da Câmara de Estremoz.

Recorde-se que os vereadores da autarquia de Estremoz, Sónia Ramos (PSD/CDS-PP/PPM) e José Carlos Salema, Nuno Rato e Vanda Messenário, do MiETZ votaram contra a passagem do Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2023 para ser votado na Assembleia Municipal, sendo que os três eleitos do Partido Socialista, José Sádio, Sónia Caldeira e Luís Pardal, votaram a favor.

Orçamento apresentado em Reunião de Câmara tinha uma dotação global de cerca de 21 Milhões de euros.

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