As celebrações dos 50 anos do 25 de Abril em Estremoz culminaram num dia marcado pela reflexão, homenagem e esperança. Numa tarde que envolveu a comunidade local, especialmente os jovens, o município conjugou a memória histórica com a construção de um futuro mais promissor.
O momento alto do encerramento das comemorações foi a inauguração de uma placa evocativa dedicada aos presos políticos do concelho durante o regime anterior. Este ato simbólico, realizado junto a um parque infantil, reforçou a importância de lembrar tempos em que os direitos fundamentais eram negados. «Nunca esqueçam que a democracia não está conquistada para sempre. É algo que temos de proteger e reforçar dia após dia», sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Estremoz, José Daniel Sádio.
Para o autarca, a localização da placa, num espaço frequentado por crianças e famílias, foi estratégica: «Este é um local de futuro. É essencial que os jovens que aqui brincam compreendam que houve tempos em que não podíamos conviver, sorrir ou abraçar livremente. Esta memória deve ser perpetuada para inspirar a construção de uma sociedade mais democrática e justa.»
Outro momento marcante do dia foi a apresentação dos projetos das turmas do 2.º e 3.º ciclos, que responderam ao desafio do município: imaginar Estremoz, o país e o mundo daqui a 25 anos. As ideias criativas dos jovens foram recebidas com entusiasmo, refletindo a importância de envolver as novas gerações na construção do futuro. «O futuro de Estremoz são eles. É emocionante ouvir os sonhos destas crianças e perceber a sua visão para o amanhã. O sonho comanda a vida», afirmou José Daniel Sádio.
Os projetos apresentados incluíram ideias inovadoras para o desenvolvimento sustentável do concelho, como a preservação ambiental, a criação de espaços culturais e a modernização das infraestruturas, demonstrando o compromisso dos jovens com uma visão positiva e ambiciosa.
A tarde culminou com um momento cultural, que levou ao palco do Teatro Bernardim Ribeiro o Coral Lopes-Graça e o Orfeão de Estremoz. A música serviu como uma ponte entre o passado e o futuro, celebrando a liberdade conquistada e reforçando o compromisso com a sua preservação.
Para o presidente da autarquia, o evento foi a forma ideal de encerrar as celebrações: «Foi uma tarde lindíssima, onde o passado foi homenageado e o futuro projetado. Este tipo de iniciativas reforça o nosso compromisso de lutar pelo Portugal democrático e honrar a memória daqueles que nos permitiram estar aqui hoje.»
Fique de seguida com as imagens da cerimónia, numa reportagem de Hugo Calado:
