O Município de Estremoz organizou mais uma “Feira Mais Sénior”, que arrancou esta terça-feira no Pavilhão B do Parque de Feiras e Exposições.
A realizar-se até ao próximo dia 3, quinta-feira, a feira contou com «casa cheia» na inauguração, o que eleva a expectativas a Sónia Caldeira, vice-presidente da Câmara Municipal.
Em declarações aos jornalistas, a autarca referiu que espera que corra «como tem corrido nos anos anteriores ou melhor ainda».
«Temos plena noção que estamos a trabalhar com idosos e às vezes confirmam nos três ou quatro e vêm 20 ou 30», acrescentou.
Ainda assim, mais do que o número de pessoas, importa referir, segundo a vice-presidente, «é promover estes importantes momentos de convívio, para poder também tirar muitos dos idosos que estão institucionalizados e, ao mesmo tempo, conseguirmos promover o envelhecimento ativo».
Sónia Caldeira revelou que «estão identificados muitos idosos no nosso concelho», pois «a taxa de envelhecimento é elevadíssima».
Desta forma, o município pretende «investir da melhor forma naquilo que é a promoção do envelhecimento ativo», para além de «assinalar o Mês do Idoso, para que as pessoas tomem consciência».
Pessoas estas que «têm a responsabilidade de cuidar, de proteger de alguma forma e de fazer com que o seu final de vida corra da melhor forma, com proteção, em segurança, sem se sentir isolado».
«Os idosos precisam de continuar a ser valorizados. Foram importantes para nós e estão numa fase da vida em que agora temos de os valorizar», frisou ainda.
Esta feira surge ainda na necessidade de «sensibilizar», inclusive «as próprias famílias», já que por vezes «acabam por despejar os seus familiares nos lares e só aparecem de vez em quando».
Sónia Caldeira sublinhou também o «fundamental trabalho» das IPSS’s, que enfrentam «inúmeras dificuldades».
Em primeiro lugar, «a falta de pessoal», pois «precisam de ter auxiliares a trabalhar com eles 24 horas por dia, porque os idosos estão a 24 horas por dia, e têm muita dificuldade em conseguir arranjar».
Depois, há ainda «questões financeiras», já que «muitos deles vivem às custas daquilo que são os pagamentos da Segurança Social». «Está tudo muito caro e as exigências são cada vez maiores», adicionou.
«Aquilo que sinto é que existem fragilidades muito grandes nas nossas IPSS’s», destacou a vice-presidente, esclarecendo ainda os apoios do município.
No ano passado, foram disponibilizados 60 mil euros do orçamento municipal, mas «este ano, reforçámos a verba para 78 mil, para conseguirmos dar um pequeno apoio».
«Vale o que vale, dentro daquilo que são as enormes dificuldades que têm. É pouco, mas eles agradecem-nos muito», concluiu.
De seguida, fique com a reportagem fotográfica de Hugo Calado.