A Direção-Geral de Alimentação a Veterinária (DGAV) anunciou esta semana que foram encontrados no Alentejo os primeiros casos de mixomatose em lebres confirmados em Portugal.
De acordo com a DGAV, “a 7 e 9 de Novembro, foram confirmados no Laboratório de Virologia do INIAV I.P., em Oeiras, por testes moleculares, diagnósticos de mixomatose em lebres (Lepus granatensis) nos concelhos de Évora e Beja, respectivamente.”
A mixomatose é uma doença viral dos leporídeos sem consequências para a saúde pública mas de declaração obrigatória.
A DGAV, recomenda “o reforço das medidas de vigilância, nomeadamente a prospecção de cadáveres e de lebres doentes no campo.”
Ainda de acordo com a nota divulgada, “os cadáveres de lebres devem ser enviados para os pontos de recolha definidos no âmbito do projecto +Coelho (maiscoelho@iniav.pt) ou ser eliminados através de enterramento, após cobertura com cal viva, ou por encaminhamento para unidade de tratamento de subprodutos aprovada.”
Importa ainda reforçar a adopção de medidas de higiene e de prevenção da transmissão de doenças, nomeadamente a desinfecção do calçado, dos equipamentos (incluindo bebedouros) e das rodas dos veículos nas zonas de caça, bem como a evisceração de animais em ato venatório sobre um plástico.
“É também desaconselhada a movimentação (captura, translocação, repovoamento) de lebres e de coelhos-bravos, provenientes das áreas afectadas (concelhos de Évora e Beja)”, acrescenta ainda o DGAV.