Presente na “Feira Mais Sénior”, em Estremoz, Nuno Alas, Diretor do Centro Distrital de Évora do Instituto da Segurança Social, referiu aos jornalistas que as instituições têm pela frente um «desafio».
«As instituições com acolhimento, estão com uma média em que cada vez entram pessoas com mais idade», esclareceu.
Este que é um «trabalho árduo» para as instituições, já que «a média anda nos 87 ou 88 anos», sendo «um desafio de todos, mas em particular deles».
«Têm de se adaptar ao facto das pessoas entrarem cada vez mais velhas, com mais dificuldades de saúde, etc.», destacou Nuno Alas.
Como exemplo, o diretor referenciou «a questão da demência», pois, neste momento, «um cuidador cada vez tem mais que perceber o que são as demências em pessoas já com alguma idade e saber lidar com essas pessoas».
Mesmo havendo um «grande trabalho para fazer», ainda assim, confessou que «há já instituições a fazer esse trabalho, de preparar todos os profissionais desta área para que saibam lidar da melhor maneira e ajudar também as famílias».
Para além disso, há, simultaneamente, a intenção de «cada vez mais este tipo de serviços serem prestados no domicílio das pessoas», o que passa a ser imperativo «apoiar os cuidadores informais».
«Não é um caminho fácil, até porque as pessoas têm as suas vidas muito ocupadas e, às vezes, a distância também não o permite, mas é um trabalho que tem de ser feito», frisou.
Em relação à feira, o diretor sublinhou que é «muito importante», no sentido de «não só trazer durante estes dias as pessoas a estas iniciativas, como até à fase da preparação das iniciativas».
«Quando falamos de envelhecimento ativo, é aquilo que se vê, mas também o trabalho preparatório que existe antes. O município, com esta iniciativa pôs todas estas instituições e os seus utentes ‘a mexer’ para concretizar isto», concluiu.