O Arronches e Benfica recebeu este domingo O Elvas, em jogo a contar para a 26ª jornada da Série C do Campeonato de Portugal.
O “tudo ou nada” para a equipa da casa, a quem só a vitória interessava. Acabou por ser mais o “nada”, depois da equipa de Pedro Hipólito mostrar (mais uma vez) o porquê de serem os campeōes.
Do começo ao fim
O último jogo da fase regular não poderia começar da melhor forma. Com uma casa praticamente cheia, a melhor da temporada, a partida prometia emoção até ao fim.
Certo que isto tem muito a ver com os adeptos d’ O Elvas, ruidosos de início ao fim, pedia-se foco, vontade e sede de ganhar, de parte a parte. Tudo isto foram “ingredientes” para uma boa primeira parte de futebol.
É verdade que sem golos e lances de grande perigo, mas foi efetivamente uma grande “batalha” tática dentro das quatro linhas.
O Arronches e Benfica a assumir a defesa a cinco, conseguiu impor-se no encontro, principalmente no que ao sacudir a pressão azul e ouro diz respeito.
Do lado dos cavaleiros, um 4x3x3 clássico, porém sólido, a apostar na pressão alta para tentar condicionar as jogadas dos encarnados desde a sua raiz.
Muito equilíbrio, diga-se, até no que toca aos remates. O primeiro da partida surgiu aos 10 minutos, por intermédio de Nketia. Contudo, a resposta veio logo a seguir, por Gianluca.
O Elvas com mais posse nitidamente, mas muita falta de eficácia no último terço, contrastava com a falta de definição do Arronches e Benfica, em qualquer parte do campo.
Problemas a resolver no balneário, ao intervalo, que seguravam o 0x0 no final do primeiro tempo e que lançavam toda a emoção, novamente, para o segundo.
A esperança é a úlitma a morrer
O Arronches e Benfica veio bem mais esclarecido para o segundo tempo, provavelmente galvanizados pelo resultado do adversário direto, o Fátima, que perdia no final dos primeiros 45 minutos.
É de sublinhar que há verdadeira fortaleza, o próprio Estádio Municipal Francisco Palmeiro, onde os encarnados ainda não sofreram qualquer derrota. Grande estatística para aquilo que viria a ser o decorrer dos minutos.
A esperança ia-se baseando nisso mesmo. Com esforço e determinação, o golo poderia aparecer e para isso muito fizeram certamente. A definição melhorou muito com a ida aos balneários.
Os cruzamentos passaram a sair bem melhor, os passes já não tinham as pernas do adversário como destino. Como da “água para o vinho” claramente e a esperança começou a jogar com os corações dos arronchenses.
Nossa Senhora da Fátima
Com o Fátima a perder já por 2×0 frente ao Mortágua, faltava apenas o golo para Arronches explodir em festa. Só isso.
Ainda assim, com o passar dos minutos, e com alguns retoques do banco, foi O Elvas que conseguiu crescer. Mais fresco e com vontade de manter a invencibilidade nestas últimas jornadas, que não perde desde outubro.
O sempre irreverente Fremellin começou a ter imenso trabalho, mesmo que muito por culpa própria. Contudo, nada tira o mérito das suas defesas, algumas totalmente decisivas.
Foi caso para rezar por um rasgo de criatividade, ou de sorte. Uma desatenção podia ser fundamental para o apuramento.
Nervos à flor da pele. O estádio todo de pé. Esperança no coração, mas foi O Elvas a rebentar de alegria. Harruna a fatiar fatalmente pela direita e a picar por cima do guardião adversário.
Facada mortal para as ambiçōes do Arronches e Benfica. Jogadores no chão, adeptos inconsoláveis, mas quando a bola é redonda tudo pode acontecer. Nem Nossa Senhora de Fátima ajudou.
Arronches e Benfica | O Elvas |
0 | 1 |
Harruna (90+7′) |