A Câmara de Vendas Novas, no distrito de Évora, subiu o valor do orçamento para este ano para 14,4 milhões de euros, mais 2,6 milhões do que o do ano anterior, revelou hoje o presidente do município.
Em declarações à agência Lusa, o autarca de Vendas Novas, o socialista Luís Dias, reeleito nas autárquicas de 2021 para um terceiro e último mandato, justificou a diferença de valores com a realização, este ano, de “duas grandes empreitadas”.
“A primeira é a requalificação da Avenida Marechal Craveiro Lopes”, a decorrer desde “meio do ano de 2021, com uma duração prevista de 20 meses” e cujo “cronograma financeiro” prevê para este ano “1,1 milhões de euros”, frisou.
O autarca explicou que este valor é “significativamente superior” ao que foi “orçamentado em 2021”, pois, “a obra decorreu em apenas cerca de metade do ano passado” e vai prolongar-se “durante todo o ano de 2022”.
A segunda “grande empreitada”, notou, diz respeito a “um conjunto de repavimentações de ruas e estradas do concelho”, que representa um investimento de “1,6 milhões de euros”, com execução ao longo deste ano.
Também está previsto avançar com a criação de uma nova Loja do Cidadão, a conclusão da requalificação do Jardim de Infância da Afeiteira e a ampliação da incubadora de empresas StartUp Alentejo.
A conclusão da Estratégia Local de Habitação e o lançamento de uma “estratégia mais alargada” de requalificação urbana de Vendas Novas e da freguesia de Landeira são outras das apostas.
“Num cenário em que os efeitos da pandemia [de covid-19] não têm ainda um fim à vista, apresentamos um orçamento que entendemos ser o mais adequado possível, tendo em conta a dimensão das receitas anuais do município”, sublinhou Luís Dias.
Segundo o presidente do município, trata-se de “um instrumento que procura fomentar o desenvolvimento e a modernização do concelho” e centrar-se “na recuperação económica e nas necessidades coletivas” da população.
“As despesas correntes previstas no orçamento para 2022 são no valor de 9,1 milhões de euros”, enquanto despesas de capital ascendem aos “4,9 milhões de euros”, referiu.
Quanto ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), foi mantida a taxa para prédios urbanos em 0,34% e a redução de 20, 40 ou 70 euros para agregados com um, dois e três ou mais dependentes a cargo, respetivamente.
A Derrama também continua com uma taxa de 1,5% para todas as empresas e a taxa de participação do município no Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS) também se mantém nos 5%.
O orçamento municipal para este ano foi aprovado, em reunião de câmara, com os votos favoráveis dos dois eleitos do PS, a abstenção dos vereadores da coligação PSD/CDS-PP e o voto contra da CDU.
A assembleia municipal também deu ‘luz verde’ ao documento, com nove votos a favor dos elementos do PS, cinco abstenções da coligação PSD/CDS-PP e três votos contra da CDU.