Em visita às instalações da Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz e da Herdade da Ervideira, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, anunciou aos jornalistas que «vamos avançar com o Bloco de Rega de Reguengos de Monsaraz».
Esta «promessa de dezenas de anos» e que se prevê abranger cerca de 4760 hectares de território (maioria vinhas) poderá ter os seus capítulos finais a iniciarem em outubro: «Espera-se que em outubro a EDIA avance com o concurso».
Ao que o ministro indicou, foram realizadas reuniões esta terça-feira com a presidente da Câmara Municipal reguenguense, Marta Prates, foi finalizada a problemática do financiamento, que vai assentar em mais de 35 milhões.
«O objetivo é incluir esse projeto na reprogramação do PRR, uma vez que a sua execução cabe dentro do período de programação até 2026, mas temos outras possibilidades para o financiamento», sublinhou o governante.
Ainda segundo o ministro, «ainda que seja um financiamento pesado», revela-se «essencial para este território, para a competitividade, para a coesão territorial, para a agricultura, que é um elemento essencial e para aquilo que este povo já espera há tanto tempo e merecia».
Trata-se assim de uma «injustiça reparada» que pretende «alavancar, criar riqueza, dar mais sustentabilidade, mas também mais crescimento e atrair até investimento para este espaço».
«Este território, que tinha não só essa expectativa, tem também um mérito e merece que este investimento venha para aqui», complementou o governante.
Em relação à “burocracia” do projeto, José Manuel Fernandes afirmou que espera que as «Declarações de Impacto Ambiental estejam disponíveis» e que o concurso «corra bem, porque é internacional».
«Que corra bem, porque o objetivo de ser incluído na reprogramação do PRR seja efetivamente possível, porque as obras nele inscritas têm de estar pagas até final de 2026», concluiu.
Já para Marta Prates esta é uma «super noticia que o senhor ministro trouxe à nossa terra».
«É uma aspiração dos agricultores, mas também uma grande necessidade para manter este território da forma como nós o conhecemos», acrescentou a autarca também aos jornalistas.
Disse ainda que «vivemos sobretudo da agricultura e da vitivinicultura e precisamos de água», adicionando ainda que «tenho a convicção absoluta que finalmente vamos ter esta obra efetivamente no terreno».
Esta é uma obra que está incluída no Circuito Hidráulico de Reguengos de Monsaraz, dizendo respeito a uma segunda fase do projeto geral. Na sua globalidade, beneficiará cerca de 10 273 hectares nos concelhos de Reguengos de Monsaraz, Portel, Évora e Viana do Alentejo.
Fique com a foto-reportagem da visita do ministro às referidas instalações.