Sexta-feira, Outubro 4, 2024

Beja: Mercado Municipal abre portas à «segunda vida» após «50 meses encerrado» (c/fotos)

O Mercado Municipal de Beja teve, esta quinta-feira, a inauguração da sua «segunda vida», após «50 meses encerrado».

Um equipamento comercial que recebeu «uma profunda operação de requalificação», segundo Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal bejense, no seu discurso.

«Já há muitos anos que o Mercado Municipal vinha dando mostras de necessitar de uma intervenção profunda que permitisse relançá-lo como uma referência comercial da cidade de Beja», destacou o autarca.

«Processo complexo, com muitas dificuldades e obstáculos»

Foi assim encerrado para uma intervenção «muito para além de uma mera operação de cosmética».

«Era necessário alterar o conceito de mercado em quase todo o seu interior, de forma que, não apagando o seu passado e a sua história, pudesse albergar no seu espaço lojas e comércios de características mais modernas e, consequentemente, mais apelativas para novos seguimentos de público», acrescentou.

O presidente sublinhou que este foi o «maior exercício» de requalificação nos seus anos de executivo, contudo vincou que «foi o desafio mais importante».

«Se havia local na cidade que os bejenses sentiam que merecia uma remodelação e uma requalificação estrutural em primeiro lugar, esse lugar era manifestamente o Mercado Municipal de Beja», atirou ainda Paulo Arsénio.

Para colocar o mercado em funcionamento, o autarca recordou que foram criadas «estruturas temporárias gratuitas para os operadores para o exercício das respetivas atividades», assim como assinado «24 acordos de cessação de atividade ou de indemnização temporária para reinstalação em casas comerciais noutros pontos da cidade de Beja».

Terá sido um «processo complexo, com muitas dificuldades e obstáculos», mas que «tinha de ser concretizado para se atingir o desiderato que toda a comunidade pretendia».

«O Município de Beja simplesmente não tinha o direito de desistir»

«O mercado anterior não tinha condições de responder aos desafios exigidos no século XXI. Estava esgotado, cansado, endividado, promovendo desigualdades de oportunidades entre operadores até dentro dos mesmos setores de negócio», destacou ainda o autarca, dizendo ainda que «hoje recomeçamos do zero».

Agora, «sem dividas e com igualdade de direitos e deveres entre operadores», o mercado reabre com «uma nova vida e uma nova alma»: «O Município de Beja simplesmente não tinha o direito de desistir».

«Tradição e a modernidade»

«Esperamos que este espaço e este conceito que a Sociedade Instaladora de Mercados Abastecedores (SIMAB) desenvolveu para o Município de Beja seja um mercado que possa unir gerações», revelando, de certa forma, a pretensão com esta inauguração.

«Que seja a partir de hoje um espaço onde a tradição e a modernidade se encontrem e se cruzem», reforçou.

Com «as condições criadas» para esse efeito, Paulo Arsénio entregou o equipamento à população, assim como à «tradição e modernidade»: «Será essencialmente aquilo que queiram fazer dele, os operadores e os respetivos clientes».

Ainda assim revelou que o município vai manter o equipamento sobre a sua tutela, «não o condicionando em bloco».

«Irá gerir o espaço, fazer cumprir o regulamento, zelar por assegurar as melhores condições possíveis nos espaços comuns, mas, naturalmente, não terá interferência na atividade comercial», esclareceu.

Disse ainda no discurso que o renovado mercado vai integrar o projeto do bairro digital de Beja, «que deverá iniciar a sua atividade dentro de sensivelmente um ano».

Investimento superior a 2,5M€

«Isto vai permitir também que os operadores do mercado, além destas formas de comércio de proximidade, possam explorar novas dinâmicas e outras formas de atividade comercial», explicou ainda.

Em relação ao custo de investimento, o presidente do município afirmou que foi de 2 543 480€, tendo financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), em cerca de 2,05 milhões de euros.

Mesmo tendo de contrair um empréstimo, «não onera os próximos executivos em termos da dívida necessária para a sua renovação», segundo o autarca.

De seguida, fique com a reportagem fotográfica, de Hugo Calado, da inauguração do espaço.

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