Vitor Picado, candidato à Câmara de Beja promete reforçar o apoio às empresas, para minimizar os efeitos da Covid-19.
O candidato da CDU à presidência da Câmara de Beja, Vítor Picado, comprometeu-se hoje a reforçar os apoios às empresas para valorizar o comércio local e minimizar os efeitos negativos da pandemia de covid-19.
Trata-se de apoios para “minimizar os impactos da pandemia, mas também para valorizar o comércio local”, disse à agência Lusa Vítor Picado, atual vereador sem pelouro neste mandato de maioria PS e antigo vice-presidente da Câmara de Beja na anterior gestão CDU.
O candidato falava à margem de uma ação de campanha para as autárquicas deste mês, que decorreu no Jardim Público de Beja e onde falou com trabalhadores do município do setor dos espaços verdes.
Segundo o candidato, no âmbito da pandemia, a CDU na Câmara de Beja apresentou medidas à liderança PS, mas “apenas, timidamente, algumas foram colocadas em prática”.
“Pensamos que podíamos [município] ter ido mais além, daí ser necessário um reforço”, frisou, defendendo que é preciso isentar o comércio local e empresas de várias tarifas fixas – como as de água e saneamento, que “estão altíssimas em Beja” – para poderem “tornar os negócios mais atrativos”.
Vítor Picado quer alargar a isenção do pagamento das taxas de esplanadas aplicada no centro histórico de Beja, “uma medida do anterior executivo CDU”, aos estabelecimentos situados no resto da cidade.
O candidato também pretende atrair investimento e contribuir para reforçar as atividades económicas e o emprego, com medidas como a expansão da Zona de Acolhimento Empresarial Norte e a melhoria das respetivas acessibilidades.
Vítor Picado sublinhou que a Zona de Acolhimento Empresarial foi um projeto criado pela anterior liderança CDU no qual o PS “não acreditou inicialmente, mas, felizmente, a muito custo, lá desenvolveu”.
O candidato também quer criar o Gabinete de Apoio ao Empresário na zona industrial, para o município “estar mais próximo dos empresários, agilizar procedimentos, dar respostas céleres, o que não acontece hoje em dia”. O objetivo, frisou, é inclusive ajudar os empresários a captar fundos do Plano de Recuperação e Resiliência.
“Os empresários queixam-se da dificuldade de resposta da parte do município e que têm de esperar meses e quase um ano para pôr em prática projetos ou serem atendidos”, lamentou.
O candidato disse que a CDU em Beja vai “privilegiar muito o contacto direto com trabalhadores do município e pessoas nas ruas” para entregar a declaração de compromisso eleitoral.
“Não é uma questão de semântica”, frisou, referindo que a CDU em Beja não apresenta um programa eleitoral com promessas, mas uma declaração de compromisso com propostas que se compromete fazer.
O atual executivo, liderado pelo socialista Paulo Arsénio, que cumpre o primeiro mandato e é recandidato, é formado por quatro eleitos do PS e três da CDU (PCP/PEV).
Nas autárquicas de 26 de setembro, além de Vítor Picado, concorrem à Câmara de Beja Paulo Arsénio (PS), Nuno Palma Ferro (pela coligação PSD/CDS-PP/PPM/Iniciativa Liberal/Aliança), Gonçalo Monteiro (Bloco de Esquerda) e Pedro Pinto (Chega).