Os Autarcas do Alentejo Litoral (Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines) reuniram-se, esta semana, com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, tendo sido manifestada a preocupação pelos atrasos do governo na execução dos projetos ferroviários e rodoviários da região.
Para a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) “a segurança das populações e o desenvolvimento económico dos concelhos não podem ser afetados com estes atrasos.”
“Chamámos a atenção para importância incalculável do Litoral Alentejano, quer do ponto de vista dos investimentos económicos existentes e dos que estão em curso, mas que apresentam défices enormes, particularmente no que diz respeito aos acessos rodoviário e ferroviários. Estes atrasos não se podem manter”, afirmou no final da reunião Vítor Proença, presidente da CIMAL e da Câmara Municipal de Alcácer do Sal.
Nesta reunião foram abordados vários temas, como:
- No plano rodoviário esteve em análise a ligação entre Sines e Santiago do Cacém até à A2, tendo o ministro informado que está a ser projetada a ligação a Grândola Norte, num horizonte até 2026. Pedro Nuno Santos garantiu também que vai ser retomado o projeto do itinerário Principal 8 (IP8) entre Sines e Beja.
- A CIMAL salientou a urgência na reparação do IP1, entre Palma e Alcácer do Sal, assim como da Estrada Nacional 253, entre a Comporta e Alcácer, reforçando a necessidade de serem criadas bermas, tendo em conta a perigosidade da estrada e a sua enorme procura.
- Relativamente às necessidades rodoviárias na região, os autarcas do litoral alentejano alertaram o ministro para a inevitabilidade de se avançar com os melhoramentos da estrada nacional 120, no concelho de Odemira, assim como do investimento na estada 263, de forma a ligar este concelho à autoestrada.
Aposta na Ferrovia
- Relativamente aos projetos na ferrovia, os autarcas voltaram a reforçar a necessidade de ser retomada a ligação ferroviária de passageiros da Linha Lisboa-Funcheira (com paragem em Alcácer, Grândola, Ermidas e Odemira), que foi encerrada em 2012. Segundo a CIMAL, o ministro Pedro Nuno Santos manifestou-se sensível a esta reivindicação, tendo reconhecido que a linha está operacional, mas a decisão terá que ser tomada em conjunto com a CP.
- A CIMAL questionou o ministro sobre o ponto de situação da nova linha ferroviária Sines-Grândola, vocacionada para o tráfego de mercadorias e obteve a informação de que estão a ser projetados melhoramentos no corredor Sines- Santiago do Cacém- Ermidas- Grândola-Alcácer do Sal.
- A CIMAL voltou a defender a importância da construção do aeroporto de Beja, que considera uma obra fundamental para o desenvolvimento da região.