Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara Municipal de Évora, recusou, em declarações à Agência Lusa, que haja um corte financeiro no apoio à associação gestora da Capital Europeia da Cultura “Évora_27”.
A questão foi levantada por Maria do Céu Ramos, presidente da associação, em conferência de imprensa, esta quinta-feira.
Contudo, o presidente do município destacou que o apoio sempre esteve previsto e que «é para ser realizado em dinheiro e em espécie».
O valor em causa, 10,5 milhões de euros, têm, segundo o autarca, «uma componente logística e uma componente de transferência de verbas ou de apoio de verbas a projetos, nomeadamente de agentes culturais locais e regionais e outros».
Em relação à verba em dinheiro, Carlos Pinto de Sá sublinhou que será «em valores a acordar», dando o exemplo de que o apoio vai ser atribuído através da cedência «de instalações, equipas técnicas, transportes ou apoio da construção de cenários».
«Ficou claro que era assim e a câmara tem vindo a cumprir, porque, em termos práticos, até agora, foi a câmara municipal e também a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central [CIMAC] que praticamente financiaram a CEC», vincou.
De acordo com o presidente do município, será necessário analisar «projeto a projeto» dos que estão previstos no “Bid Book” e os respetivos orçamentos para se «ver qual é a componente que cabe à câmara suportar».
«A câmara tem dificuldades financeiras, que decorrem da quebra significativa de impostos de outras situações, mas isso, do nosso ponto de vista, não põe em causa o financiamento com que nos comprometemos», acrescentou.