As próximas edições da Bienal Internacional do Alentejo (BIALE) vão ter a cooperação da Universidade de Évora (UÉ).
O evento, em que a próxima data será 2025, foi organizado pela primeira vez em 2023 pela A.R.T.M.O.Z. – Associação Cultural, sediada em Estremoz.
Desta forma, esta segunda-feira, foi formalizada a parceria na UÉ. Um protocolo de «extrema importância», para o presidente da associação, Carlos Godinho, em declarações aos jornalistas.
O presidente da destacou que foi uma iniciativa que partiu da associação e que a parceria surge na existência de uma escola de artes na instituição.
«Este protocolo, sabendo que a UÉ tem uma escola de artes, poderá ser a parte emergente do que nós procuramos, que é um jovem artista para este Alentejo», destacou.
Carlos Godinho afirmou que «vamos ter uma colaboração muito forte com a com a Universidade de Évora, através dos seus alunos, dos seus docentes e de toda a atividade desenvolvida para além da parte académica».
Assim, os alunos vão ser «confrontados com a realidade que é o mundo da cultura no Alentejo» e de «tomar conta da realidade».
«Vai dar a novidade aos seus alunos para poderem atuar no terreno, no direto. Estar ali para mostrar a toda a gente, o que é a cultura e o que se está a fazer pela cultura no Alentejo», acrescentou.
O presidente revelou ainda que, para além da exposição da BIALE, «vão acontecer workshops, conferências, ou seja, os alunos vão estar em Estremoz».
Já Ana Teles, vice-reitora da universidade, também aos jornalistas, afirmou que «é uma satisfação enorme estarmos envolvidos nesta BIALE», confirmando que, «para já» estarão presentes em 2025 e 2027.
«Esta é uma oportunidade de ouro para nós», exaltou a docente, esclarecendo que servirá para «darmos visibilidade ao trabalho artístico que aqui se desenvolve, mas também para estimular a nossa comunidade académica e para contribuir para a ligação entre a formação artística e a integração do mercado artístico a nível profissional».
Disse ainda que a UÉ é «uma das forças vivas do território que geram artistas e que congregam muitas qualidades artísticas». Desta forma, «para nós, faz todo o sentido que a Universidade de Évora, que forma artistas no território do Alentejo, esteja também presente nesta Bienal».
Desta forma, a vice-reitora confessou que irá haver um «um concurso BIALE Jovem em que os nossos estudantes são convidados a participar».
Assim como um docente da instituição no júri do concurso da BIALE
«Também integraremos a exposição com convidados de cada uma das instituições parceiras e, portanto, teremos a honra de convidar nós próprios, quatro artistas que destacaremos no panorama nacional e internacional para pertencerem a esta mostra», acrescentou.
Em relação à edição de 2027, Ana Teles revelou que se vai inserir nas iniciativas da Capital Europeia da Cultura, onde a UÉ está «muito profundamente envolvida, sendo uma das instituições que integram a Associação» que está a desenvolver os eventos.
«Este será também mais um dos contributos para este desígnio tão vasto e tão importante para o território do Alentejo», sublinhou ainda
Ana Teles concluiu dizendo que «penso que esta parceria pode fomentar e constituir um ótimo estímulo para toda a nossa comunidade académica na área das artes».
«A BIALE, com a nossa participação, vai promover também esse tecido cultural e artístico que nos importa fomentar, não só até 2027, mas bem além», referiu ainda.
A apresentação da edição de 2025 da Bienal Internacional do Alentejo está marcada para 4 de outubro deste ano, em Estremoz.
De seguida, fique com a foto-reportagem, de Hugo Calado, da assinatura do protocolo.