O Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, vai receber um investimento de 96 milhões de euros num projeto de requalificação e ampliação.
Segundo António Bota, presidente do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), em declarações a’ODigital, destacou que este é um «sonho dos alentejanos».
«Desde que o Hospital de Beja foi construído nos anos 70 que se fala numa segunda fase. Na altura servia as necessidades, mas hoje já não, porque as pessoas em geral requerem melhores condições de trabalho», afirmou.
O também presidente da autarquia de Almodôvar esclareceu que «o dia a dia» requer «uma energética melhor, eficiência hídrica e melhores condições em termos térmicos do edifício»: «Já não reúne essas condições».
Referiu que este projeto «nunca tinha estado tão avançado» e explicou o que será feito.
«Engloba o aumento de quartos, as condições nos quartos existentes, a construção de um novo edifício com melhores condições e a recuperação do edifício atual em termos térmicos, a canalização de água, de eletricidade, de pavimentos e engloba naturalmente espaços mais dignos e melhores condições para termos mais especialidades disponíveis no hospital», afirmou.
Vai também permitir manter as atuais valências, criando condições para novas áreas: cirurgia vascular; dermatologia; endocrinologia e nutrição; nefrologia; gastroenterologia e reumatologia, assim como uma unidade de cuidados paliativos.
«O que estamos a fazer, basicamente, é preparar um projeto que ainda não é projeto. Estamos agora nas mãos do Governo central para perceber se realmente vão avançar ou não», acrescentou o presidente.
O autarca vincou que será um projeto que terá de ser dividido em «duas fases», estando a primeira planeada para terminar em 2031 e a segunda fase para terminar em 2036.
Relativamente ao financiamento, confessou que a CIMBAL «naturalmente, não tem verbas», mas que há vias para que o projeto possa arrancar.
«Há a via ainda do PRR, há a via do Portugal 2030, ou então terá de ser feito com um orçamento próprio do Estado português», disse António Bota, acrescentando ainda que «é um projeto perfeitamente financiado, basta existir vontade política do Ministério da Saúde do Ministério das Finanças».
«É o Governo central quem dispõe destas competências e quem pode ter acesso a estas verbas, ou por via de financiamentos comunitários, ou por via do próprio Orçamento de Estado», destacou ainda.
Sendo um projeto de cerca de 100 milhões de euros, autarca realçou que «facilmente o Governo português disponibilizará 11 milhões por ano para desenvolver este projeto», relembrando o tempo de execução.
«Temos aqui a oportunidade de dar uma infraestrutura ao país, porque não serve só o distrito de Beja, mas também aqueles que vêm para cá trabalhar e os turistas que vêm visitar», referiu, atirando ainda que «é um projeto que, independentemente do financiamento, tem de ser feito».