Quarta-feira, Setembro 11, 2024

Alentejo: Pres. da Liga dos Bombeiros lamenta falta de «abertura» do Governo em «145 dias» (c/fotos)

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O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, está a realizar um périplo pelos distritos em contacto com os bombeiros envolvidos no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).

Nesta efeméride, foram trocadas «algumas opiniões sobre algumas preocupações dos bombeiros», como as carreiras e o estatuto remuneratório dos bombeiros com contrato de trabalho das associações, o subfinanciamento e o Estatuto do Dirigente Associativo.

Findada a conversa com os “soldados da paz”, o presidente da Liga referiu aos jornalistas «não foi prometido nada» à entidade que lidera, face à exposição das problemáticas aos sucessivos governos.

«Lemos com atenção o programa eleitoral e o programa do governo e estão lá, inequivocamente, contempladas um conjunto de soluções para os bombeiros, que são até resposta às reivindicações que temos vindo a fazer ao longo dos anos», sublinhou, acrescentando que «nas reuniões que já fizemos com alguns partidos políticos e com o governo, apresentámos o nosso caderno reivindicativo».

Lamentou ainda que «ao final de 145 dias de governo» ainda não tenha sido dada «uma data para o início de conversações»: «Não conseguimos obter uma abertura».

«Sabemos que estes problemas não são fáceis de resolver, mas verificamos que o Governo, noutros casos da área da segurança, foi célere a resolver, e bem, aquilo que eram as anteriores reivindicações», vincou o presidente.

Desta forma, António Nunes questiona o porquê de os bombeiros «não poderem ser envolvidos em negociações»: «É porque não fomos para a rua? É porque respondemos diariamente sempre que nos solicitam? É porque não estamos a fazer greves?».

«Merecemos mais respeito, porque o Estado não pode dispensar os seus bombeiros. Sejamos mais pragmáticos e olhemos para a absoluta necessidade de apoiar estas mulheres e homens», reforçou.

Comentou ainda que «não deixemos que esta juventude vá para outras atividades, porque quando quisermos ter esse tal estatuto remuneratório, já não temos bombeiros».

Em relação ao envolvimento das autarquias, o presidente reiterou que o que «fazem, fazem-no porque querem», já que «no quadro legal atual, essa responsabilidade é do poder central e as autarquias só podem complementar».

Ainda assim, afirmou que o quadro legal não está «definido», nem «claro» do que compete às autarquias ou ao Estado central e é por isso que «a Liga tem vindo a reivindicar aquilo que se chama o contrato programa».

«Um contrato entre a Associação e o Estado, onde diga o que é que compete ao Estado, o que é que compete às autarquias e o financiamento das atividades, quer pela Administração Central, quer pela administração autárquica», esclareceu.

Realçou ainda que todas as entidades envolvidas nas negociações estão «no meio de um nevoeiro», mas que «sabemos como sair de lá», pois é necessária «uma abertura de negociações com a administração central e clarificar na Assembleia da República, com os vários partidos, o que é que querem dos bombeiros.

António Nunes atirou ainda que «podemos ter cá os quarteis e o material, mas precisamos dos nossos bombeiros que todos os dias socorrem as populações», acrescentando ainda que «só há socorro se houver bombeiros».

De seguida, fique com a foto-reportagem de Hugo Calado da conversa.

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