Decorreu na passada sexta-feira, em Évora, o Seminário Final do projeto Adapta.Local.CIMAC – Planeamento da Adaptação Climática Municipal no Alentejo Central.
Um evento dedicado à apresentação dos Planos Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas.
O Seminário teve lugar no Auditório principal da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR-A).
O projeto que agora chegou ao fim pretendeu promover a integração do Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas do Alentejo Central à escala municipal, bem como dotar os municípios do Alentejo Central de um instrumento estratégico e operacional de adaptação às alterações climáticas que aumente a resiliência local. Foi ainda objetivo deste projeto promover a integração da adaptação às alterações climáticas nos Instrumentos de Gestão Territorial, definir um quadro operacional de adaptação às alterações climáticas a implementar até 2030 e aumentar a capacidade adaptativa dos municípios promovendo a capacitação dos técnicos municipais no domínio da adaptação climática local, sendo que se pretendeu também aumentar a sensibilidade e a preparação dos atores locais e regionais para lidarem com as implicações das alterações climáticas.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, Carlos Pinto de Sá, referiu que o final deste projeto é “um ponto de chegada e um ponto de partida, porque tem a ver com a elaboração, por parte dos municípios da CIMAC, de planos para mitigação e adaptação às alterações do clima.”
Carlos Pinto de Sá explicou que “com o apoio do Fundo Norueguês e com a cooperação de várias entidades, este projeto permitiu que cada um dos municípios pudesse fazer esses planos, tendo em conta um plano intermunicipal, o que já existe na CIMAC e que tem vindo a ser adaptado às circunstâncias.”
O presidente da CIMAC salientou ainda a “importância da tomada de consciência de que os municípios também têm apesar ser um problema mundial e de ser necessário medidas mundiais, mas, naturalmente, nós podemos também fazer a nossa parte e cooperar relativamente àquilo que nos cabe fazer e é isso que estes planos apontam.”
“O grande desafio agora é concretizar estes planos e por isso considero que isto é um ponto de chegada e um ponto de partida, porque não basta a boa vontade, vamos ter que ter meios para concretizar os planos, apesar dos meios e recursos parcos dos municípios há necessidade de outros meios”, frisou Carlos Pinto de Sá.
Para Carlos Pinto de Sá, “os Municípios têm que, outros níveis reequacionar, por exemplo, como é que as nossas zonas verdes podem e devem ser alteradas para que haja um menor gasto água ou por questões mais genéricas que nos obrigam até a cooperar com outras entidades, como por exemplo, nos fogos florestais”
“Há um conjunto muito significativo de problemas que têm de ser estudados não apenas pelos municípios, mas em parceria e por isso esses planos apontam nesse sentido e julgo que é um passo muito importante para a tomada de consciência”, concluiu Carlos Pinto de Sá.
Fique de seguida com as imagens deste seminário, numa reportagem de Hugo Calado: