O Centro de Saúde de Alandroal poderá vir a ter constrangimentos no serviço de consultas abertas já a partir do próximo mês.
Isto porque um dos três médicos de família a laborar no concelho irá reformar-se no final de março e outro profissional, a contrato, está a realizar o internato fora do território.
João Grilo, presidente da autarquia, confirmou a’ODigital.pt esta informação, tendo referido que já «houve uma reunião», no sentido de perceber a situação.
«A partir do final do mês, das quatro vagas que estão previstas para o concelho, ficam duas para preencher», destacou o edil, vincando que «até ao final do mês não há qualquer alteração» e que «médicos tarefeiros» irão substituir o médico que se reforma.
O presidente sublinhou também que, caso haja «alguma perturbação no serviço», a mesma será «temporária e será depois anunciada». Ainda assim, confirmou que «podemos ter momentos de redução da consulta aberta».
Relembrou ainda que o município está a desenvolver um regulamento próprio para apoiar fixação de médicos, como já tínhamos noticiado anteriormente, que está agora «em discussão pública» e que conta ter aprovado «até ao final de abril».
Para além disso, as entidades de saúde terão garantido ao presidente que «vão abrir concursos para as duas vagas e que vão ser sinalizadas para região carenciada» e os médicos que «concorrerem para aqui vão ter uma bonificação».
«Esperamos que este este incentivo municipal, juntamente com os concursos e a referenciação como vagas carenciadas, sejam suficientemente atrativos para trazer novos médicos para o concelho», complementou João Grilo, referindo que «pode ajudar alguns jovens médicos a tomar a decisão de ficar connosco».
O autarca realçou que este procedimento pode decorrer até ao «fim do verão», mas que irá preencher as quatro vagas disponíveis: «Podemos ter os quatro médicos do quadro a trabalhar, o que seria excecional».
João Grilo destacou que «não há motivo para alarme ou agitação» e que é uma situação que se está a resolver».
«A população deve perceber que o município não tem participação na colocação de médicos. Que o médico atingiu a idade da reforma e tem todo o direito de se reformar. Que há uma falta de médicos no distrito e praticamente todo o interior do país e todos sabemos porquê», aclarou.
Questionado se esta situação poderia atrapalhar a questão da construção das extensões de saúde no concelho, o presidente respondeu que «é de facto uma grande coincidência», mas que «teremos seguramente médicos para colocar nas extensões de saúde e queremos que o concelho tenha resposta de proximidade, como teve até aqui e até reforçada».